Avaliação Pedagógica
Segundo Castro (Apud Melchior, 1994) “a avaliação não deve ser vista como uma caça aos incompetentes, mas como uma busca de excelência pela organização escolar como um todo”. A avaliação necessária é aquela que consegue analisar como o aluno é capaz de movimentar-se num campo de estudos e estimulá-lo, através de uma reflexão sobre o que ele realizou, a encontrar os caminhos do seu próprio desenvolvimento. O que vai ser considerado na avaliação deveria depender do projeto pedagógico da escola. No entanto, depende, fundamentalmente, da concepção que o professor tem de educação. É o professor que estabelece os padrões e, de modo geral, não é questionado por ninguém em relação a esses padrões. Daí a necessidade de o professor ter muita clareza em relação à função da avaliação. Esta não serve mais para, simplesmente, quantificar a aprendizagem do educando e, com isso, moldá-lo segundo o padrão social já existente, mas sim para, através de uma interação entre o avaliador e avaliando, repensar a situação e, em uma avaliação participativa, despertar a consciência crítica dentro de um compromisso com a práxis dialética de um projeto de transformação. O papel da escola não deve ser entendido como um somatório de interesses individuais ou corporativos, mas como a dimensão política concreta da atuação integrada de todos os componentes da comunidade escolar, que têm todos os mesmos interesses em relação ao desenvolvimento de cada um de seus elementos e do grupo como um todo. Isso pressupõe capacidade profissional em nível técnico-científico, não como saber acabado mas sob o controle da consciência profissional e da vontade política dos sujeitos envolvidos que vão produzir o desenvolvimento através da prática e da reflexão. Se o professor realizar a avaliação sob a forma de acompanhamento da construção do conhecimento do aluno, ele terá de desenvolver a ação pedagógica de modo diferente, pois deverá propor atividades alternativas