Modelos de avaliação pedagógica
Alda Pereira
Introdução
Relacionar e reflectir sobre as tecnologias e as aprendizagens são objectivos que abarcam um grande leque de possibilidades. Acresce, ainda, que com o desenvolvimento sempre crescente das Tecnologias da Informação e da Comunicação, a reflexão efectuada num dado momento é sempre datada, porque será sempre uma reflexão inacabada. Correndo este risco, ou, até, por esse risco, importa não a adiar, preferindo-se considerar que essa reflexão constitui um exercício sempre em progresso (Working in progress). A questão de facto já não é nova. O aparecimento das tecnologias audiovisuais e a sua transposição para a arena escolar, nas décadas de 60 e 70 do século XX, fez emergir um debate sobre as vantagens da sua introdução e vários alertas para que os educadores não minimizassem os efeitos da escola paralela, mas antes procurassem inovar as suas práticas com as novas tecnologias. O debate continua ainda aí e discute-se se é uma questão de educação sobre os média, de educação para os média ou ainda se educação com os média. Com a generalização dos computadores e das tecnologias comunicacionais que se vêem desenvolvendo, o debate parece, por vezes, assumir contornos idênticos, sob a capa de como introduzir os computadores nas escolas. Começou-se por uma versão hardware, traduzida por blocos de iniciação à informática que procuravam explicitar os mecanismos do hardware, passou-se depois a um movimento software, aglutinando espaços de iniciação a ferramentas computacionais utilitárias e o desenvolvimento de programas didácticos para auxílio da aprendizagem em diversos domínios do saber. O momento actual parece estar a encaminhar-se para um movimento de inclusão digital, ultrapassando anteriores interrogações sobre eventuais benefícios da utilização do computador na arena educativa. Com efeito, e de forma diferente das tecnologias audiovisuais que se confinaram aos espaços culturais e de lazer, as tecnologias da informação