Avaliação em educação: novas perspetivas
De acordo com Castro-Almeida, C., Le Boterf, G. e Nóvoa, A. (1993, p. 118) poucos são os projetos que possuem uma “dinâmica de avaliação”. Normalmente, e no que diz respeito às práticas de avaliação, os projetos são avaliados pela parte administrativa e não pela componente prática. Ou seja, fazendo a introdução de fatores práticos ao invés de teóricos e que, por conseguinte, possam ser experimentados, seja através da introdução de novos métodos e novas técnicas. De igual modo, estes mesmos autores referem como sendo usual estas duas situações: a avaliação meramente administrativa e que incide basicamente sobre a componente financeira e uma avaliação que ocorre apenas na conclusão do projeto, onde geralmente se limita a comparar os objetivos alcançados com os objetivos propostos. No entanto, face à necessidade de controlar os resultados, foram sendo desenvolvidos procedimentos com vista a que o projeto fosse idealizado desde o seu início, para que se obtivesse uma maior eficácia. Torna-se também importante relacionar de uma forma coerente os “objetivos definidos, as atividades previstas e os meios disponíveis “ (p. 119). Esta melhoria nos fatores internos do projeto pode no entanto fazer com que os projetos possam ser avaliados mais na sua vertente interna, correndo-se assim o risco de se perder a análise dos objetivos reais do projeto. Citando Lecomte os autores referem que um planeamento exageradamente minucioso pode implicar o não surgimento do “imprevisto e os efeitos laterais” que contribuem para o “processo de desenvolvimento” (p. 119). Deste modo, o que os autores referem prende-se com o facto de defenderem a existência de um grande rigor na orientação, mas que isso não seja sinónimo de impedir o normal desenvolvimento do projeto. Assim, o projeto deve funcionar como um elo de ligação entre os vários intervenientes e permitir-se uma certa