avaliaçao
No início do século XIX um estrangeiro, ao chegar em São Paulo, iria se deparar com um inconveniente: não havia camas disponíveis. Aliás, a vila dispunha de umas 4 ou 5, somente. Comer com garfo e faca, por incrível que pareça, constitui um hábito recente nos lares brasileiros. Os escravos, que não podiam adquirí-las, produziam lâminas cortantes lascando o vidro de garrafas. Comportamentos de uma sociedade nova, que começou a se formar a partir de 1500.
Estes exemplos servem para mostrar que, na atualidade, a Arqueologia rompeu a barreira do tempo e vem se dedicando também ao estudo de nosso passado recente.
Portanto, nada impede que os arqueólogos sejam encontrados pesquisando grandes centros, escavando o interior de edifícios, fábricas, fortes, palácios e quintais ou, ainda, que viajem rumo aos vilarejos do interior para examinar fazendas e moinhos.
A Arqueologia Histórica se volta, portanto, aos vestígios de ocupações humanas do período Pós-Conquista, ou seja, a partir do momento em que Cabral e sua esquadra aportaram no sul da Bahia, em abril de 1500. Preocupa-se em reconstituir os acontecimentos que envolvem os povos formadores da sociedade nacional: índios, europeus e negros.
Com os navios europeus chegaram novos interesses, hábitos e costumes, sendo a América disputada por ingleses, holandeses, franceses, espanhóis e portugueses. Com o passar do tempo, as embarcações trouxeram também povos escravizados do além-mar.
Os efeitos desse processo para as populações indígenas foram desastrosos e são bastante conhecidos. Porém indígenas, europeus e africanos passaram a construir um novo tipo de sociedade e, na grande maioria das vezes,