avaliaçao psicologica no idoso
O crescimento intensificado da população idosa em nível mundial tem motivado o surgimento de diversos estudos e debates acerca do envelhecimento. As inúmeras mudanças provocadas pelo processo de envelhecimento atingem não somente o idoso, mas também a sociedade na qual está inserido. As mudanças, em nível biológico, são representadas pela perda da visão, da audição, do paladar, do olfato, entre outras. O declínio das funções cognitivas como percepção, atenção, memória, raciocínio, tomada de decisões e solução de problemas também é outra alteração que merece destaque dentre as mudanças mais perceptíveis. Além destes, ocorrem os efeitos sociais que correspondem à diminuição das funções sociais, surgindo, principalmente, em virtude da aposentadoria. Com relação às mudanças psicológicas, o idoso pode apresentar humor deprimido, desesperança, ansiedade, etc. Em função de todas essas alterações, os idosos tornam-se mais vulneráveis a adquirir transtornos cognitivos e do humor, como a síndrome da demência e a depressão. Ambos os transtornos causam prejuízos significativos na vida social e/ou ocupacional do indivíduo. Desta forma, é relevante a utilização de instrumentos que possibilitem a avaliação do desempenho das funções cognitivas e dos aspectos psicoafetivos.
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA
O termo “Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)” começou a ser utilizado, no Reino Unido, no final da década de trinta e posteriormente difundiu-se de forma que seu conceito, parâmetros e indicações foram motivos para inúmeras publicações em revistas especializadas. Os primeiros artigos sobre a necessidade e a importância de uma avaliação geriátrica especializada foram publicados pela médica britânica Marjory Warren, que, por isso, é considerada a mãe da Geriatria. Em 1936, ela assumiu a chefia de um grande hospital londrino com pacientes crônicos, imobilizados e negligenciados que não tinham recebido um diagnóstico médico apropriado e muito menos encaminhados