Resumo
Resumo Esse artigo é um levantamento teórico sobre intervenções psicológicas voltadas para pessoas idosas, isto é, para a população com mais de 60 anos. Abordam-se o os principais conceitos norteadores de uma proposta psicoterapêutica para essa faixa etária, as necessidades de adaptação à técnica e as possibilidades de intervenção: individual e grupal. Palavras-Chave: Psicoterapia, Idosos, Intervenção Grupal.
Introdução Psicólogos dispõem de um conjunto de técnicas para avaliação clínica e intervenção que auxiliam no tratamento de dificuldades comportamentais e psicológicas que afetam a qualidade de vida e o bem-estar de pessoas idosas. Neri (2004) aponta os principais campos de intervenção clínica nos anos tardios de vida. Dentre eles destacam-se: fatores de risco para a ocorrência de velhice patológica; fragilidade e dependência; saúde física, como controle da hipertensão; avaliação e intervenção em saúde mental; apoio psicológico e social em momentos de crise; reabilitação cognitiva; apoio aos familiares e cuidadores de idosos dependentes. Para determinar que intervenção psicológica é mais adequada ao idoso, isto é, à sua capacidade funcional, seu estado mental e condições psicossociais, é preciso realizar uma avaliação global que indicará as necessidades e possibilidades do paciente de maneira individualizada (American Psychological Association, 2004). Dessa forma, escolher-se-á, entre as abordagens terapêuticas disponíveis, aquela que for mais apropriada. A psicoterapia será indicada quando houver necessidade da pessoa restabelecer ou manter o seu equilíbrio emocional.
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Psicoterapia na Velhice A indicação de psicoterapia para idosos, todavia, ainda não é um consenso entre os psicólogos. Em 1905, Freud afirmou que pessoas com mais de cinqüenta anos de idade não seriam adequadas para a psicanálise. Faltaria a estas elasticidade dos processos mentais,