avaliaçao nutricional
I Introdução:
A metade dos pacientes internados em hospitais públicos brasileiros está desnutrida, dados levantados por um estudo multicêntrico envolvendo
23 hospitais de diferentes regiões do Brasil (Ibranutri, 1.996). Este mesmo estudo mostra o quanto temos negligenciado nossos pacientes da Terapia Nutricional: 85% dos pacientes não tinham qualquer referência sobre seu estado nutricional, e somente
10% dos pacientes receberam nutrição enteral, número considerado baixo pela literatura especializada.
Por outro lado, a desnutrição se mostra como um fator extremamente negativo para a evolução clínica de uma maneira geral, isto porque seus efeitos deletérios são sentidos em todos os sistemas orgânicos, tornando o indivíduo desnutrido incapaz de se adaptar adequadamente a situações de “stress”.
Consequentemente, nessa população de pacientes, a morbi-mortalidade chega a dobrar quando comparada a indivíduos com a mesma patologia, nutridos, o que se reflete num tempo de intrnação prolongada e num alto custo hospitalar, bem como social. Se de um lado a desnutrição se mostra deletéria, a adequada
Terapia Nutricional já é um cuidado que não podemos negligenciar. Dados suportando tal afirmação estão disponíveis na literatura desde a década de 70.
Assim, o Ministério da Saúde criou uma portaria que exige que todo hospital tenha uma equipe direcionada para o adequado suporte nutricional dos seus pacientes. A abrangência da atuação de uma Equipe Multidisciplinar em Terapia
Nutricional vai desde garantir a confiabilidade e segurança em relação à fonte dos produtos utilizados, até conduzir adequadamente o suporte nutricional, avaliando periodicamente os pacientes desnutridos ou sob risco de desnutrição intra-hospitalar, clinica e laboratorialmente.
No Hospital de Clínicas da Unicamp, o serviço está ainda sendo estruturado. O GAN – Grupo de Apoio Nutricional, dentro da nossa realidade, colocase à disposição do corpo clínico