Professor
Após a leitura de vários working papers, concluímos que existe evidência empírica que comprova que empresas exportadoras são mais produtivas que empresas não exportadoras (e.g. Aw and Hwang, 1995; Aw and Batra, 1998; Aw, Chung and Roberts,
2000; Bernard and Jensen, 1995, 1999, 2004; Bernard and Wagner, 1997; Isgut, 2001;
Mengistae, and Pattillo, 2002; Alvarez and Lopez, 2004).
De realçar que até então não se analisava a nível microeconómico. Foi com os trabalhos de Bernard e Jensen em (1995, 1999) que se tentou explicar a razão que levavam a empresas exportadoras serem mais produtivas.
“Here one starts by looking at differences in average labour productivity
(…)or average total factor productivity between exporters and non-exporters. The result is an unconditional productivity differential.”
Fonte: Wagner, 2005, pp. 2
Contudo as diferenças entre as empresas exportadoras e não exportadoras não se centram apenas na produtividade. Como Bernard e Jensen (1995) concluíram para os
EUA, que as empresas exportadoras apresentavam maior dimensão e ofereciam maiores salários. Então após a verificação de tais factos estilizados surgiram duas grandes hipóteses para tentar explicar os mesmos.
Uma das hipóteses é de que as empresas “aprendem” com as suas actividades exportadores e consequentemente aumentam a sua produtividade. Falamos então da hipótese de “learning-by-exporting”.
A outra hipótese é sobre a qual este trabalho se centra. Falamos então da hipótese de que apenas as empresas mais produtivas conseguem suportar os custos mais elevados inerentes à actividade de exportação (custos de transporte, distribuição, marketing, gerência de mercados estrangeiros).
Assim apenas as mais produtivas conseguem posteriormente participar em trocas internacionais. Deste modo diferenças entre empresas que exportam e que não exportam provém de diferenças que já existiam previamente, diferenças ex-ante da entrada nos mercados internacionais. Esta