Avaliacao Institucional
Podemos dizer que ensinar, uma das funções essenciais da escola, é promover a “transposição didática” de conhecimentos, um processo que torna os saberes “ensináveis,exercitáveis e passíveis de avaliação” e em que é possível distinguir três fases de transformação:
1ª - da cultura extra-escolar para o currículo formal;
2ª - do currículo formal para o currículo real;
3ª - do currículo real para a aprendizagem efetiva (cf. Chevallard, apud Perrenoud, 1993, p.
25).
E para que isso se realize, a escola precisa construir um currículo que: - concilie os conhecimentos científicos que presidem a produção moderna e o exercício da cidadania plena, a formação ética e a autonomia intelectual, as competências cognitivas e as sociais, o humanismo e a tecnologia; - considere as múltiplas interações entre os conteúdos das disciplinas e a abertura e a sensibilidade para identificar as relações entre escola e vida pessoal e social, entre o aprendido e o observado, entre o aluno e o objeto do conhecimento e entre a teoria e suas consequências e aplicações práticas como pressupostos decisivos de sua organização; - reconheça a linguagem como elemento primordial para a constituição dos conceitos, relações, condutas e valores, o conhecimento como construção coletiva e a aprendizagem como mobilizadora de afetos, emoções e relações humanas (cf. Coll, 1997); - selecione o que de fato é relevante e consistente no conjunto extraordinário de conhecimentos hoje disponível, o que impõe à escola o compromisso de propiciar ao professor o desenvolvimento da capacidade de ‘mapear’ os conhecimentos relevantes na escala adequada às necessidades e possibilidades dos alunos. O currículo escolar é um mapa ainda mais especial, pois, à parte essa função cartográfica básica, deve fornecer orientações sobre um território desconhecido na ocasião em que está sendo desenhado! A escola não pode mais fixar sua visão no dedo que aponta, mas olhar para aquilo que o