Autonomia intelectual e moral como finalidade da educação contemporânea
Baseados nas premissas centrais da Psicologia Genética (Piaget), propomos uma revisão das práticas pedagógicas, que estão baseadas preferencialmente no Instrucionismo, tomando como referencial oConstrutivismo.
A temática básica que perpassa todo este estudo fundamenta-se na noção piagetiana de autonomia, tanto no campo cognitivo como no campo afetivo, pois os dois não podem ser dissociados, conforme o pensamento de Piaget.
Concluímos este estudo salientando que a recorrência às premissas da Psicologia Genética sobre o desenvolvimento da autonomia cognitiva e moral, redirecionará a educação rumo aos desafios e premências do século que se aproxima.
O tema que nos propomos a estudar - A Autonomia Intelectual e Moral como Finalidade da Educação Contemporânea - exige, de imediato, a apresentação de alguns conceitos piagetianos, para que se possam extrair implicações construtivistas na educação de hoje.
É, nesse sentido, que lançamos mão das contribuições de J. Piaget (1896-1980) para formularmos os conceitos de autonomia intelectual e moral, - que perpassam, de forma diluída, toda sua obra - mas que se concentram nas seguintes publicações: O Juízo Moral na Criança; Lógica e Conhecimento Científico; Epistemologia Genética; Estudos Sociológicos; Seis Estudos de Psicologia; Sabedoria e Ilusões da Filosofia; Biologia e Conhecimento; o Estruturalismo.
O Construtivismo vem se firmando entre nós como uma força cada vez mais pungente no campo da educação contemporânea. Entretanto, esvazia-se-lhe muitas vezes dos seus componentes epistemológicos, apresentando-o apenas como mais um método pedagógico. Mas Jean Piaget buscou, prioritariamente, respostas para a questão crucial do conhecimento e suas decalages verticais e horizontais:
"Uma segunda aproximação do que seja epistemologia, pode ser entendida como [....].o estudo da passagem