Analisando o filme, meu filho meu mundo, podemos observar a vida de um autista desde o nascimento, no início do filme Raun nasce perfeito e em sequencia observamos que a mãe não consegue dar significado ao choro da criança interpretando o choro como cólica enquanto era uma inflamação no ouvido. Comparando com nossos estudos teóricos, percebemos que a criança nasce perfeita e que a síndrome se da pela falta de simbolização da mãe. A simbolização é importante, pois é a partir dela que a criança poderá interagir com o mundo real. Na sua festa de um ano, Raun não mantém contato visual com ninguém, não olha para fotos e na hora de soprar a vela não responde aos pais, também demonstra fixação por objetos redondos e brilhantes. Nesse momento já é possível observar que ele é uma criança diferente e então o pai de Raun procura pesquisar sobre os sintomas de seu filho e encontra em um livro as descrições que se encaixam com ele. A partir disso os pais de Raun procuram por médicos e ele recebe o diagnostico de autista, porem não encontram um tratamento adequado para ele. Decidem então alcançar seu filho tentando entender o mundo de Raun a partir de seus movimentos para então simboliza-lo, através de jogos, brincadeiras e através desse simbolismo a criança passa a ter noção do Outro. Nessa tentativa a mãe toma o filho como objeto de desejo que havia sido perdido. Aos poucos, Raun passa a ter expressões faciais, reage a sons e interage com o ambiente a partir de suas necessidades e demonstrando assim suas vontades ele se caracteriza como um sujeito desejante. Depois disso os pais deixam de dar atenção e Raun náo se vê mais como objeto de desejo da mãe, voltando assim a ser fragmentado e não desejante. Com isso os pais retornam o tratamento e Raun volta a ser uma criança perfeita psicologicamente.