Resumo: Diferenças internacionais em organização e administração.
As sociedades organizacionais são principalmente relacionadas com o contexto histórico-cultural em que foram formadas. Podemos citar algumas diferenças entre o Japão e alguns países do Ocidente em que, culturalmente, o trabalho e as relações humanas divergem em muitos pontos.
Japão: Uma cultura de cooperação e serviço.
Na administração japonesa prevalece a organização, o coletivo, o espírito de colaboração nos interesses comuns, a ajuda mutua e a dedicação por toda a vida à família corporativa e a serviço da nação. Como exemplo, os fazendeiros de arroz que estão dispostos em dividir suas colheitas com aqueles capazes de protegê-los. A cultura dos campos de arroz e dos samurais mesclaram-se com o contexto industrial moderno, que pode explicar as características da administração, o padrão de relações interorganizacionais e a solidariedade na fábrica. A hierarquia não é vista como um controle de cima para baixo e sim como um sistema de cooperação. Os japoneses baseiam-se nos resultados dos projetos, e todos cooperam para um sistema unificado de esforços e consequências. Não existe ganhadores e perdedores.
Há teóricos que tendem a ignorar as circunstâncias histórico-culturais e acreditam que a administração japonesa - caracterizada por constantes pressões para atingir metas de trabalhos difíceis e atender os requisitos das normas e valores da companhia – pode ser tão extenuante quanto qualquer fábrica ocidental, mas a capacidade de aceitar e suportar permite aos japoneses ter o sucesso que têm.
Grã-Bretanha: Uma cultura marcada por profunda divisão.
Uma cultura marcada por diversidade social e de classes que geram divisões antagônicas - opiniões opostas ao mesmo assunto - no local de trabalho. Os operários britânicos definiram-se contra o sistema que explora seus ancestrais, logo os explora. Uma sociedade em que as elites administrativas ditam as regras para os trabalhadores e eles veem