Matéria sobre Edite Estrela
Com pensamento firme e à frente, que trata de questões polêmicas e visa direito e igualdade às mulheres, a portuguesa Edite de Fátima Santos Morreiros Estrela (foto ao lado) carrega consigo prêmios e o reconhecimento político e social que só um representante popular preocupado obtém. Desde 2004, efetivada como Deputada ao Parlamento Europeu Edite recebeu em março desse ano o mais recente reconhecimento de suas ações: o prêmio de melhor deputada europeia na área do Emprego e Assuntos Sociais, que foi dedicado a todas as mulheres, principalmente àquelas que são vítimas de violência e agressões.
(VÍDEO EDITE ESTRELA)
Além da dedicatória do prêmio – organizado pela revista The Parliment e pelo Parlamento Europeu – Edite também mostra sua preocupação com a questão feminina por vice presidir a Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade de Gênero. Reconhecer tal figura pública mostra o avanço sobre o pensamento em relação à discriminação e questões enraizadas numa sociedade originalmente patriarcal... Ao menos no “Velho Mundo”.
No Brasil, como mostram dados da pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a população brasileira ainda traz consigo pensamentos preconceituosos e retrógrados, que culpam as mulheres pela violência sofrida pelas mesmas. Dos 3.810 entrevistados – 66% composto por mulheres – 26% dos brasileiros concordam, total ou parcialmente, que a mulher que use roupas que mostram o corpo merece ser atacada. O que mostra que a cultura da violência sexual à mulher é vista, além de algo presente na sociedade, como um modo de punição a “desvios de conduta” mostrados pelo gênero feminino.
A fim de reverter tal quadro social, manifestações realizadas por grupos que reivindicam os direitos femininos têm se mostrado presentes no país. É o caso da Marcha das Vadias, organizada em diversas cidades brasileiras que traz como pauta questões de gênero, violência e bem estar da mulher. Essas ações são eficientes, e