INTRODUÇÃO: O Tema Autismo tem recebido especial importância nos dias atuais tendo em vista as necessidades especiais que as crianças portadoras de tal condição demandam. Incluir extrapola a mera inserção de alunos com necessidades educacionais especiais no seio das instituições do ensino comum. A inclusão implica em um movimento mais profundo, que envolve elementos da ordem da subjetividade e dos relacionamentos interpessoais. Ou seja, ela diz respeito não apenas a conteúdos e métodos de ensino, mas, também, os afetos, a visão de mundo e de homem, dos sujeitos que interagem nesse espaço. Há, portanto, uma necessidade de estabelecer um trabalho, junto a educadores de escolas, no sentido de identificar as reais carências educacionais para efetivar o aprendizado desses alunos. O tema inclusão escolar de alunos portadores de necessidades especiais, mais precisamente portadores de autismo tem chamado a atenção de muitos pesquisadores na área de educação e da psicologia nos últimos tempos( Marcelli, 2009; Wing, 1998 & Rutter, 1997). A inclusão escolar tem como objetivo inserir sem distinção todos os necessitados de necessidades especiais com variados graus de comprometimento social e cognitivo. Com a democratização do ensino, por meio da abertura da escola a uma população que antes se encontrava à margem, excluída de seu interior, essa instituição passou a ter que repensar a si mesma, suas concepções e práticas a fim de atender às necessidades de todos os seus alunos. A presença do aluno com deficiência nas classes regulares, no entanto, suscita reações e posicionamentos diversos e, por vezes, contraditórios, evidenciando, não raro, a dificuldade – histórica, diga-se de passagem – da escola e dos professores das famílias e colegas de classe desses alunos em compreender e lidar com o que é diferente estranho aos padrões estabelecidos como