Aula sobre Resenha
Resenha
O objetivo da resenha é oferecer ao leitor a avaliação de algum livro recém lançado. Várias discussões, entretanto, cercam esse gênero textual. Se, por um lado, somente especialistas em uma área têm conhecimento suficiente para avaliar com propriedade um novo livro. Por outro, esses especialistas não têm tempo para produzir resenhas, e nem interesse, pois a resenha não é o tipo de gênero que tenha grande prestígio no meio acadêmico. Os maiores interessados em publicar resenhas são pesquisadores em início de carreira, alunos de doutorado, por exemplo, porque é uma oportunidade para incluírem seus nomes em periódicos prestigiados na área (MOTTA-ROTH, 2001).
Se o espaço para publicação de resenhas é restrito a pesquisadores, ainda que em início de carreira, como é o caso de alunos de doutorado, qual a finalidade de solicitar esse gênero a alunos de graduação?
Consideremos que a capacidade para avaliar, para criticar seja (e é!) parte essencial da formação acadêmica em qualquer área. Não seria a resenha uma prática de uso da escrita útil no desenvolvimento de tais capacidades? A questão que se coloca é: “que aspectos de um texto os alunos têm maturidade para avaliar?”
Esperar de um aluno de primeiro, segundo ou terceiro semestre de graduação uma crítica tenaz sobre a consistência teórica e metodológica de determinado livro é uma fonte segura de decepção. Solicitar-lhe uma crítica sobre a atratividade de um artigo, entretanto, me parece uma tarefa acessível.
Já aconteceu com você alguma situação em que, ao finalizar uma leitura, tenha percebido que praticamente o texto todo estava destacado com caneta marca-texto? Pois saiba que isso é bastante comum.
Isso acontece porque nosso conhecimento sobre o tema ainda é, digamos, inicial e, por isso, para nós, todas as informações do texto parecem essenciais. Todas as informações, argumentos, exemplos e descrições