Atum Azul
Cientificamente ele é conhecido como Thunnus thynnus, mas no Brasil o gigante das águas profundas é conhecido como atum azul. Ele vive no Atlântico Ocidental, em Labrador, no Canadá e ao Nordeste do Brasil, porém é muito raro em nossas águas. Considerado o maior atum do mundo, ele chega a medir cinco metros e seu peso pode atingir os 700 kg. Possui um corpo alongado, fusiforme, e uma grande boca alongada. Suas barbatanas dorsais são bem separadas, ajustáveis a um sulco no dorso, enquanto que a caudal bifurcada ostenta duas quilhas de queratina. O dorso deste peixe possui uma coloração azul escuro, enquanto que no ventre e nos flancos o prata predomina. É uma espécie de sangue quente, está entre os peixes mais rápidos, capazes de atingir velocidade próxima a 80 km/h e cruzar oceanos inteiros durante o período migratório.
Ele se alimenta de peixes, lulas, crustáceos pelágicos e zooplâncton. Geralmente caça em grupos, o cardume se reúne em forma de parábola e vai se aproximando rapidamente da presa até não ter espaço para ela fugir. Embora sua espécie seja conhecida por caçar cardumes de peixes pequenos, seu metabolismo é adaptado para perseguições em altas velocidades. No entanto, como predador oportunista, na hora da fome ele comerá o que estiver ao seu alcance.
O atum azul é um dos principais ingredientes da culinária japonesa, utilizado na fabricação de sushis e sashimis. Está sendo extinto por causa da sua pesca exacerbada, descontrolada, ilegal, irracional e puramente com fins comerciais de acumulo de capital.
Uma proibição temporária da pesca de atum ajudaria suas populações a voltar a um equilíbrio. Outra medida seria a fiscalização do controle do volume de pesca em idade reprodutiva para preservar o chamado estoque desovante, pois essa parcela é a responsável por gerar a descendência – filhotes, digamos assim – e com isso gerar os futuros adultos.
Os japoneses são responsáveis por 25% do atum consumido no mundo, incluindo o ameaçado atum azul.