Análise da cultura do atum no brasil
WILKER CARLOS LIMA DE MORAIS
ANÁLISE DA CULTURA DO ATUM NO BRASIL
ARAPIRACA / AL
JUNHO DE 2010
ANÁLISE DA CULTURA DO ATUM NO BRASIL
De acordo com pesquisas feitas pela WWF, Fundo Mundial para a Natureza, estima-se que existam atualmente apenas 10% da população de atum em relação a que existia a cinco décadas, principalmente, a partir da década de 90, com a popularização da culinária japonesa na Europa e Estada Unidos. Com isso, foi apresentada na última reunião da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies em Perigo (CITES) uma proposta para a proibição da exportação do atum-rabilho, com a inclusão desse peixe na lista de animais em extinção. Contudo, a proposta foi negada, pois estava confrontando os interesses dos blocos de países que detém a maior parte desse mercado, liderados pelo Japão, argumentando que o atum-rabilho não se enquadra na categoria de espécie em extinção e que a responsabilidade de monitorar essa pesca comercial é da Comissão Internacional para a Conservação de Atuns do Atlântico (ICCAT). Sugerindo que o lobby da indústria pesqueira foi o principal responsável pela rejeição da proposta, devido ao aumento do consumo de sushi, onde o atum é o principal ingrediente e acarretando no aumento do seu valor. Tudo isso implica em um mercado muito lucrativo, fazendo com que a pressão sobre os governos cresça, ocasionando no veto de tal medida. A ICCAT, por sua vez, na sua última reunião no ano passado, apresentou medidas para garantir a recuperação dos cardumes de atum-rabilho com a redução da quantidade permitida de pesca para cada espécie e a redução do período permitido para a pesca. Com relação ao atum azul a redução foi de 40%, ou seja, de 22 mil para 13,5 mil toneladas. Já o atum espadarte, que é a espécie consumida e exportada pelo Brasil, a diminuição foi menor (13%), de 17 mil para 15 mil toneladas. No entanto, essa redução não afetará o nosso país,