Antropologia Cultural
Ao procurar no dicionário o significado da palavra consumo, encontramos as seguintes respostas: gasto, venda, saída... Entretanto, o consumo não se prende apenas nisso. Ele é um processo social que pode ser ambíguo. Pode significar uso, manipulação ou, simplesmente, compra. Mas, o consumo não é necessariamente essa compra. Podemos consumir músicas, por exemplo.
Diante de um país capitalista, a publicidade está presente em nossas vidas todos os dias. E as propagandas estão diretamente ligadas à cultura de uma sociedade. Assim como o cosumo. Ambos estão conectados. Perante o bombardeamento de campanhas publicitárias que presenciamos, as de produtos de cosméticos são muito comuns. E, por isso, hoje, o Brasil é o segundo maior mercado de cosméticos em escala mundial.
O mercado de cosméticos, mais precisamente o de maquiagens, é um dos que mais cresce no mundo. Este segmento cresce em média 15% ao ano, mas em
2011, a venda dos produtos de maquiagem subiu em 20,1%
(ABIHPEC, 2011).
Segundo dados da Euromonitor Internacional, empresa especializada em pesquisas para mercados consumidores, o Brasil ocupa o 3º lugar no raking mundial de consumo de maquiagem e se continuar crescendo, em 2017 estará em 2º lugar no raking.
Com base nesses dados, optamos por analisar o consumo desses determinados produtos no país, mas preferimos enfatizar em um público novo: as adolescentes consumidoras de maquiagem.
Durante a análise antropológica do consumo desses cosméticos por esse grupo, pesquisamos e acompanhamos a relação das jovens clientes com os produtos e esse ato de embelezamento. Conversamos com vendedoras e maquiadoras de renomadas lojas e garotas de 12 a 17 anos, visando entender o efeito da publicidade de certas marcas de cosméticos sobre esse público e os signos por trás do comportamento desse tipo de consumo.
Introdução
“Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?”
O consumo de bens é estimulado pela publicidade, comunicação, mídia, promoções, etc. A