Atuação policial nos protestos de 2013 e 2014 no Brasil
As manifestações brasileiras nos anos de 2013 e 2014 são surpreendentes, porém seguem tendências que vem se repetindo em outros países. Apesar de possuírem diferentes motivações, esses protestos têm em comum o fato de terem sido organizados e promovidos nas mídias sociais, como as manifestações no Brasil.
No intuito de manter a ordem pública durante os protestos as forças policiais cometeram excessos. As denúncias incluem agressões físicas e verbais e falsas acusações contra manifestantes. Porém, os manifestantes também se excederam causando danos ao patrimônio público e privado e ferindo policiais.
O despreparo da polícia, apontado pelas mídias, para agir nessas situações pode estar relacionado à novidade do processo, já que o país não estava acostumado a presenciar mobilizações semelhantes.
A atuação da polícia contra os manifestantes não é diferente com qualquer outro segmento populacional. A polícia está agindo como sempre agiu. No entanto, agora atinge a classe média, que não imaginava receber essas represálias. Especialistas dizem não ser uma particularidade das polícias brasileiras, pois, segundo os mesmos, não há nenhuma polícia no mundo que tenha capacidade de fazer um treinamento para contenção de grandes manifestações como as vivenciadas no Brasil.
A Anistia Internacional recomendou que o Estado brasileiro respeite os direitos dos cidadãos de protestarem e se manifestarem pacificamente, assim como, interrompa as prisões arbitrárias e o processo de criminalização desses manifestantes, que tem se dado em clara violação à Constituição Federal, colocando em risco os princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito.
Sete meses após o início dos protestos, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revela como as próprias forças de segurança se sentem despreparadas para agir diante dos grandes atos, que podem se repetir durante a Copa do