Atuação do Psicólogo Comunitário
Subtítulo: UM SABER FAZER CRÍTICO-TRANSFORMADOR OU ASSISTENCIALISTA
PATERNALISTA?
Autores:
Maria Heloisa de Oliveira Bevilaqua. UNIVERSIDADE heloisabevilaq@uol.com.br Jorgelina Ines Brochier. UNIVERSIDADE GAMA FILHO. jo.ines@terra.com.br GAMA
FILHO.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi investigar as representações gráficas dos alunos de psicologia sobre a práxis do psicólogo no âmbito comunitário através da Técnica Situacional Gráfica
(TSG). Procurou-se analisar se as representações apontam para uma proposta assistencialistapaternalista ou para uma proposta crítico-transformadora. O termo assistencialista-paternalista é utilizados, nesta pesquisa, para caracterizar formas de intervenção que visam à manutenção da ordem social, através da implementação de melhorias nas condições de vida do grupo para o qual dirige o seu trabalho, sem a participação ativa desse grupo. Em outra perspectiva, o termo crítico-transformadora aponta para a possibilidade de fomentar autonomia dos grupos para que eles, efetivamente, assumam seu papel de sujeitos de sua própria história. Nesta perspectiva, o psicólogo busca compartilhar sabores e práticas com os grupos comunitários, articulando demandas com possibilidades concretas de ações. Tal dinâmica potencializa recursos para que os grupos assumam o lugar de protagonistas, ressignificando e transformando o cotidiano. Esta investigação centrou-se em três questões básicas: o local das intervenções e a quem é dirigido o trabalho; a função que ocupa; e as modalidades de interação/comunicação com o grupo-cliente. A amostra foi constituída de 98 graduandos de psicologia cursando do 2º ao 10º período, de uma universidade privada, situada na Zona Norte do Município do Rio de Janeiro (Brasil). Foi solicitado a esses participantes que desenhassem um psicólogo atuando no âmbito comunitário. Em seguida, pediu-se que respondessem a um inquérito sobre a situação