PSICOLOGIA COMUNITÁRIA
De início, convém lembrarmos que a Psicologia surge, como ciência, em 1879, no Laboratório de Psicologia Experimental, em Leipzig (Alemanha), a partir de Wilhem Wundt (1832-1920), o qual promove uma cisão com a Filosofia, transformando a Psicologia em uma ciência independente.
Wundt desenvolveu, dentre muitas outras metas de sua carreira, a Psicologia Social, criando em 1900-20 sua Volkerpsycologie (Psicologia dos Povos). É uma obra de 10 volumes, que tem como principal objeto de estudo temas como Linguagem, Pensamento, Cultura, Mitos, Magia, Religião, Costumes e Fenômenos Correlatos, pois, como fenômenos coletivos, esses temas não podiam ser reduzidos à consciência individual.
E, segundo o que se tem conhecimento, a Psicologia Comunitária surgiu como uma ramificação da Psicologia Social, e foi iniciada por Levy Jacob Moreno, em Viena. Em 1908, ele começou a fazer improvisações dramáticas com crianças instigando-as a rebelarem-se contra o mundo dos adultos e a criarem normas e regras para uma sociedade infantil respeitada pelos maiores.
Logo depois, surge Wilhelm Reich, com centros de higiene sexual, que são cruciais na formação histórica da proposta da Psicologia Comunitária. Após participar como assistente de Freud em uma clínica gratuita em Viena, em 1922, e abrir outra semelhante em Berlim, logo conclui que seria ilusório querer transformar a miséria sexual e mental com a multiplicação de clínicas e análises, fundando assim uma sociedade socialista de aconselhamento sexual e de sexologia.
No entanto, observamos que, apesar de suas raízes na Europa, a Psicologia Comunitária é um fenômeno tipicamente americano, porque na década de 1930, ocorre uma importante migração de grandes pesquisadores, cientistas e psicólogos europeus para os Estados Unidos da América, o que influencia profundamente o desenvolvimento da psicologia social neste país. Dizem que a principal migração foi a dos psicólogos gestaltistas, que