Introdução: A psicologia Social Comunitária. A comunidade, seja geográfica ou psicossocial, é onde se vive grande parte da vida cotidiana. Porém, para a Psicologia Social Comunitária, o conceito de comunidade tem algumas características próprias vindas da forma como surgiu esta nova área de estudos. A Psicologia Social Comunitária, bem como qualquer outra prática científica, não está imune a movimentos sociais, no contexto em que se desenvolvem. Desde a década de 60, no Brasil, a utilização de teorias e métodos da psicologia em trabalhos com comunidades de baixa renda visando deselitizar a profissão e melhorar as condições de vida da população trabalhadora constitui o espaço teórico e prático que passamos a dominar, a “psicologia comunitária”. As experiências com psicologia comunitária se iniciaram em bairros pobres, favelas, movimentos eclesiais, entre outros. Mais recentemente, com a ampliação do sistema de saúde e educação pública no país e com o aumento do número de psicólogos atuando nessas instituições, a Psicologia Social Comunitária procura desenvolver instrumentais de analise e intervenção para as novas problemáticas que surgem aos psicólogos. Normalmente, os trabalhos comunitários partem de um levantamento das necessidades e carências vividas pelo grupo cliente, principalmente nas áreas de saúde, educação e saneamento básico. A seguir, através de métodos de conscientização, trabalha-se com os grupos para que eles, aos poucos assumam o papel de sujeitos de sua própria história, conscientes dos determinantes sócio-políticos de sua situação e ativos na busca de soluções para os problemas. A busca por desenvolver a consciência crítica, ética solidária e de práticas cooperativas através da análise dos problemas da comunidade, marca a produção teórica e prática da psicologia social comunitária. A perspectiva da psicologia social comunitária destaca: - em termos teóricos a problematização da relação entre produção teórica e aplicação do