atual estado de casos de higiene
Carnes de animais mortos nestes locais podem transmitir doenças graves, como cisticercose, que ataca o cérebro, e toxoplasmose, que provoca problemas no fígado, pulmão e coração.
Estimativas obtidas,indicam que 30% da carne brasileira é produzida sem fiscalização. A pesquisa mostra uma ameaça à saúde pública, que merece a atenção das autoridades. Animais mortos com marretas e até com uma espingarda. Restos de carnes espalhados entre cachorros e porcos. Funcionários fumando, sem camisas e cortando o gado com um machado. Assim funcionam os abatedouros que fornecem 30% da carne que vai pra mesa do brasileiro, segundo estimativas dos produtores. O Brasil tem um rebanho de 200 milhões de cabeças de gado. É o maior exportador de carne bovina do mundo. Essas cenas foram flagradas, com câmeras escondidas, em abatedouros municipais e estaduais legalizados. São parte de um trabalho realizado pela ONG Amigos da Terra, uma organização mundial que denuncia problemas ambientais. “Em estados que têm 50% do rebanho nacional, a gente estima que seja aproximadamente dois terços dos empreendimentos operando irregularmente e gerando um terço da carne consumida dentro do Brasil”, declara Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra. Duzentos e oitenta abatedouros foram visitados em oito estados brasileiros. Nesses lugares, a higiene é o problema mais grave. Em Jeriquara, no interior de São Paulo, uma série de irregularidades sanitárias. Os funcionários cortam a carcaça sem usar luvas ou uniformes. De acordo com a lei, todos os funcionários devem usar luvas, máscaras e botas. “A razão é saúde pública. O objetivo é garantir que o produto tenha a menor oportunidade de contaminações ou qualquer perigo à saúde das pessoas”, diz Enio Marques, secretário da Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.
Também em Mato Grosso do Sul, outro estado grande produtor, encontramos abatedouros