ATPS de Psicopatologia

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A partir das leituras indicadas, o grupo identificou as principais ideias, bem como tomou conhecimento das concepções de saúde e doença, as origens dessa discussão e o reflexo disso até os dias de hoje. Na concepção inicial, a saúde e a doença não passavam de um mesmo estado e dependiam de estímulos que variavam, nos diferentes casos, apenas por nível de intensidade.
A medicina do século XVIII referiu-se muito mais à noção de saúde do que à de normalidade. A diferença entre doença e saúde estava na presença ou ausência de qualidades como vigor, flexibilidade, fluidez, e não tinha ainda por referência uma estrutura orgânica ou um funcionamento regular considerado "normal" frente a seus desvios.
Em 1943 Canguilhem descreveu sua tese de doutorado falando sobre o normal e o patológico, para realizar tal estudo ele analisou a exposição de Comte que lhe deu a base do estudo para apontar uma diferença qualitativa entre o normal e o patológico, apesar da importância da mesma ele considerou insatisfatória para o século XX.
Na segunda metade do século XIX surgiram nos padrões de normalidade no campo da medicina geral, mental, nas ciências humanas, sociologia e psicologia buscando intervir no indivíduo humano como uma máquina que pode ser ajustada e programada, no sentido de conserta-lo e adequa-lo para o funcionamento normal. Somente no século XX foram consideradas as doenças por fatores genéticos.
Canguilhem pensa conjuntamente a patologia orgânica e a mental. A continuidade inconteste que ele parece supor entre elas o faz estender sua concepção de saúde indiscriminadamente tanto ao domínio do corpo quanto do psíquico.

Michel Foucault crítica esta posição, para ele as doenças do espírito, não podem ser pensadas no interior de uma reflexão sobre a saúde e a doença em geral, como propõe Canguilhem. Para ele, nada pode ser dito sobre a doença mental sem que antes ela seja devolvida ao seu lugar de origem — a história. Pois a patologia mental não é um dado da natureza,

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