Atividades Recreativas para deficientes
(Resumo)
(...) no plano cultural, uma série de preconceitos restringe a prática do lazer aos mais habilitados, aos mais jovens, e aos que se enquadram dentro dos padrões estabelecidos de ‘normalidade’ (MARCELLINO, 2000, p. 24).
A pessoa com deficiência, já prejudicada por ser considerada fora dos “padrões estabelecidos de normalidade”, ou por não ser respeitada em suas diferenças, ainda fica exposta a todos os outros fatores que podem restringir ainda mais o seu acesso ao lazer, muitas vezes, tem a sua liberdade de escolha cerceada por barreiras arquitetônicas, que impedem o acesso aos diferentes espaços e equipamentos de lazer. No caso de pessoas com comprometimento motor ou que possuem dificuldade de locomoção, tais como usuários de muletas, andadores ou cadeiras de rodas, a presença de escadas, corredores e portas estreitas, ausência de rampas, elevadores ou adaptações especificadas por lei constitui um obstáculo para o acesso e circulação nas instalações físicas.
É possível observar que, além de estar sujeita às barreiras inter e intraclasses sociais, como qualquer outro indivíduo, a pessoa com deficiência ainda se depara com barreiras arquitetônicas e atitudinais, que dificultam o acesso ao lazer.
É importantíssimo que o profissional de lazer, bem como todos os outros profissionais envolvidos com essa problemática, preserve o direito, assegure oportunidades e ofereça diferentes possibilidades de participação à pessoa com deficiência em seu dia-a-dia.
Observar e constatar o que o indivíduo não pode ou não consegue fazer é um tanto óbvio: o desafio é descobrir novas formas de superar as dificuldades apresentadas. É interessante que o profissional atuante mude o foco das incapacidades para as potencialidades latentes no indivíduo.
É interessante ressaltar que a pessoa com deficiência, muitas vezes, deixa a posição de mero espectador ou consumidor passivo de atividades de lazer, demonstrando seu talento em