Atitudes e Compotamentos
Ano Lectivo: 2013/2014
Psicologia
Módulo 4 – Processos relacionais e comportamento profissional
Atitude designa em psicologia a disposição ligada ao juízo de determinados objectos da percepção ou da imaginação - ou seja, a tendência de uma pessoa de julgar tais objectos como bons ou maus, desejáveis ou indesejáveis. A atitude se diferencia da postura pelo maior grau de concretude dos objectos a que se refere - assim, o limite entre esses dois constructos não é claro. Como no caso das posturas, há grande dificuldade na busca de uma classificação abrangente de todas as atitudes possíveis, pois os objectos a que uma atitude se pode referir são muito heterogéneos e concretos.
Atitude foi objecto de estudo sobretudo da psicologia social e em suas subdisciplinas mais aplicadas: na psicologia política (ex. atitude em relação a determinados programas e partidos políticos), na psicologia da propaganda (atitudes em relação a produtos) e na psicologia da saúde (atitude com relação a comportamentos ligados à saúde - como fumar ou beber). A psicologia experimental dedicou-se sobretudo à pesquisa de um tipo especial de atitudes ligadas a grupos de pessoas: o preconceito.
As atitudes não são directamente observáveis, podendo ser inferidas a partir dos comportamentos, ou seja, daquilo que o indivíduo faz e diz. As actuações são o aspecto visível das atitudes que lhes estão na base. Em qualquer atitude é possível distinguir três componentes:
- Componente intelectual ou cognitiva:
Esta componente tem a ver com as crenças, ou seja, com aquilo que pensamos, que sabemos, ou que julgamos saber. Identifica-se com o que tomamos por verdadeiro. Quando afirmamos que a leitura desenvolve o espírito ou que o tabaco provoca o cancro, emitimos juízos que pensamos corresponderem à realidade por obterem confirmação na experiência e nas investigações científicas. [“eu penso, eu sei, eu julgo que…”].