Churrasco dos Amigos
João Abrantes
Introdução
Este não é mais um livro contendo métodos de sedução, e sim orientações visando o desenvolvimento de uma estratégia para aplicá-los no âmbito de uma abordagem fria (ruas, festas, baladas, shows etc.).
Estes dois anos de envolvimento com a comunidade da sedução (pickup) me fizeram ver que, não raro, os membros têm bom domínio sobre os métodos em si, mas pecam pela falta de uma estratégia para aplicá-los.
Um exemplo clássico disso é a ida a uma festa ou balada. No começo, muitas de minhas saídas noturnas constituíram fracasso justamente pela falta de uma estratégia para aplicar os métodos que estudava com tanto afinco. Quantas vezes já fui a uma
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balada sem me informar a respeito do espaço físico, do tipo de público que lá frequenta, do código de vestimenta, do horário de entrada (e também tamanho da fila para tal), entre tantos outros fatores?
Quantas saídas minhas fracassaram porque levei, junto a mim, um grupo de amigos sem preparação alguma?
Hoje, chego à conclusão de que minha evolução teria sido infinitamente mais rápida se eu tivesse procurado sentar e traçar uma plano de ação... E um belo dia, ao reler “A arte da guerra”, constatei que este clássico de Sun Tzu poderia ser adaptado a esta questão
(assim como o pode a tantos outros contextos, como podemos ver nas livrarias). “A arte da guerra para sedução” é uma seleção dos principais trechos da obra de Sun Tzu, interpretados à luz da
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sedução que ocorre em ambientes de abordagem fria.
A fim de manter certa coerência no texto como um todo, procurei manter, em meus trechos interpretativos, as metáforas de guerra (como, por exemplo, na hora que me refiro aos seus companheiros de saída como
“soldados” ou ao grupo de amizades do alvo como o “exército adversário”).
Nunca é demais salientar para que tais metáforas não sejam levadas ao pé da letra, pois a mulher não é uma inimiga, e sim uma “adversária” a ser
conquistada