ATITUDE FILOSÓFICA
Podemos, assim, observar que a primeira característica da atitude filosófica é negativa: e um dizer “não” ao senso comum, a crenças, opiniões e valores recebidos na experiência cotidiana; é recusar o “é assim mesmo” e o “é o que todo mundo diz e pensa”. Numa palavra, distanciar-se dos preconceitos, colocando entre parênteses nossas crenças e opiniões para indagar quis são suas causas e qual é seu sentido.
A segunda característica da atitude filosófica é positiva: é uma interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valore, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o porque e o como disso tudo e de nós próprios. O que é? Por que é? Como é?
Essas são as indagações fundamentais da atitude filosófica.
Se reunirmos essas duas características da atitude filosófica, deparamos com a atitude crítica.
De modo geral, costuma-se julgar que a palavra “critica” significa “ser do contra”, dizem que tudo vai mal, tudo está errado ou é feio ou é desagradável. “Crítica” parece significar mau humor e coisa de gente chata ou pretensiosa, que imagina saber mais e melhor que os outros. Ora, a palavra “crítica”, exatamente como a palavra “crise”, vem do verbo grego Krisein e significa: 1) capacidade para julgar, discernir e decidir corretamente; 2) exatamente racional de todas as coisas sem preconceito ou prejulgamento; 3) atividade de examinar e avaliar detalhadamente alguma coisa (uma ideia, um valor, um costume, um comportamento, uma obra de arte ou de pensamento). São esses os sentidos da atividade filosófica como atitude crítica.