Atitude Blasé de George Simmel
A atitude Blasé segundo Simmel (p.35): É a incapacidade de reagir a novos estímulos com as energias adequadas (...) que associada à economia monetária, a essência da atitude blasé encontra-se na indiferença perante as distinções entre as coisas (...) não são percepcionadas como significantes.
O intenso estímulo das atividades urbanas gera, de acordo com Simmel, um embotamento dos sentidos, ou seja, o alto ritmo das atividades urbanas tira o reflexo da personalidade do indivíduo. Assim, a vida urbanizada obriga de certa forma os indivíduos a tornarem-se mais objetivos, calculistas, impessoais e distantes uns dos outros.
A atitude blasé resulta em primeiro lugar dos estímulos contrastantes que, em rápidas mudanças e compressão concentrada, são impostos aos nervos. Disto também parece originalmente jorrar a intensificação da intelectualidade metropolitana. (...) Uma vida em perseguição desregrada ao prazer torna uma pessoa blasé porque agita os nervos até seu ponto de mais forte reatividade por um tempo tão longo que eles finalmente param de reagir. (...) Surge assim a incapacidade de reagir a novas sensações com a energia apropriada. Isto constitui aquela atitude blasé que, na verdade, toda criança metropolitana demonstra quando comparada com crianças de meios mais tranquilos e menos sujeitos a mudanças. (1987, p.16)
A vida numa metrópole propicia uma série de vantagens. Uma das mais importantes certamente é o encurtamento das distâncias. Com o mundo cada vez mais globalizado fica cada vez mais fácil estabelecer um maior numero de laços sociais em diversas partes do mundo, trazendo uma maior liberdade para o homem, o libertando de seus laços estreitos apenas de uma determinada