Atendimento em pediatria
O processo de adoecer e a hospitalização são sempre traumáticos para a criança, pois, esta necessita na maioria das vezes, de forma abrupta, afastar-se de sua família, de seus colegas, da escola e de pessoas com quem estabelece laços afetivos e vê-se envolvida num ambiente desconhecido, rodeada de pessoas estranhas e tendo que submeter-se a procedimentos e exames dolorosos e agressivos. A internação da criança sempre vem acompanhada de grande sofrimento e a dor não só física mas, sobretudo, psíquica pois, a separação de seu mundo exterior determina forte sentimento de abandono. .A hospitalização infantil é uma experiência estressante que envolve uma profunda adaptação da criança às várias mudanças que acontecem no seu cotidiano e pode levar a diversos efeitos negativos sobre o desenvolvimento infantil. Uma vez que, o processo de internação hospitalar impede que a criança continue sua rotina diária, limitando-a a um ambiente sentido como estanho e desfavorável, com sons e rotinas que mobilizam medos e fantasias. O adoecimento por si só, já favorece alterações na sua vida, como um todo, podendo, muitas vezes, desequilibrar seu organismo interna e externamente, o qual, em conseqüência disso, poderá gear bloqueios no processo de desenvolvimento saudável da criança, especialmente se a doença ou a internação for longa e duradoura. Com esta preocupação, nos últimos tempos, efetuaram mudanças na legislação que permitiu a possibilidade do alojamento conjunto pediátrico, ou seja, a presença da mãe acompanhante, internação conjunta mãe-filho. Essa estratégia possibilita a redução do estresse emocional, tanto da criança como da família, facilita os procedimentos, diminui o tempo de internação, favorecendo conseqüentemente a rotatividade e disponibilidade de leitos infantis. Porém é importante ressaltar que a internação conjunta nem sempre acontece de forma satisfatória, pois há de se considerar a preparação dessa mãe para atuar como