Assédio moral

2.6 Conseqüências Conforme analisado anteriormente, na prática do Assédio Moral, os direitos essenciais a pessoa é atingida, trazendo assim, conseqüências terríveis a vítima, no âmbito pessoal e profissional. De acordo com Mara Vidigal Darcanchy: “a prática do assédio moral traz implícitas situações em que a vítima sente-se ofendida, menosprezada, rebaixada, inferiorizada, constrangida, ultrajada ou que de qualquer forma tenha a sua auto-estima rebaixada por outra. Esse estado de âmbito traz conseqüências funestas para as vítimas, daí a necessidade de se conhecer bem o quadro e tratá-lo juridicamente, defendendo assim aqueles que são vítimas de pessoas opressoras, as quais de alguma forma têm o poder de coagi-las n seu local de trabalho ou no exercício de suas funções”.[1] Os efeitos do Assédio Moral recaem também sobre o sujeito ativo que passa a ter a obrigação de reparar o dano sofrido pela vítima. Devido a importância e relevância deste ponto, abordaremos separadamente as conseqüências para cada um dos sujeitos: passivo e ativo.

2.6.1 Conseqüências para o sujeito passivo: a vítima Diversos são os efeitos do Assédio Moral para a vítima, como por exemplo, lesão a saúde psíquica e física, queda de produtividade, baixa auto-estima, prejuízo ao convívio familiar e social, dentre outros.

2.6.1.1 Lesão à saúde psíquica e social As conseqüências sofridas pelas vítimas de Assédio Moral estão diretamente ligadas aos fatores que se relacionam com a intensidade e duração da agressão.[2] Em curto prazo temos como efeitos o stress e a ansiedade, fatores estes que estão ligados diretamente à humilhação sofrida e a sensação de inutilidade causada por esta prática. Em continuidade, diante do agravamento deste quadro, decorrem as perturbações físicas, como por exemplo, nervosismo, cansaço, distúrbios digestivos. Já em longo prazo o quadro psíquico ou físico já mais