Assédio Moral

São Paulo
Outubro | 2011 Para o autor, o assédio moral é em si um problema organizacional simplesmente porque ocorre dentro do ambiente de trabalho. Para ele, o assédio moral é uma conduta abusiva, intencional, freqüente e repetida que ocorre no ambiente de trabalho e que visa diminuir, humilhar, vexar, constranger, desqualificar e demolir psiquicamente um indivíduo ou um grupo, degradando as suas condições de trabalho, atingindo sua dignidade e colocando em risco a sua integridade pessoal e profissional. Partindo deste princípio, o autor discorre sobre duas idéias-força:
*de que as organizações são palcos onde essas ações ocorrem, e elas podem proporcionar condições que estimulam, coíbem ou eliminam esse problema.
*os prejuízos decorrentes da ocorrência de assédio moral no trabalho dizem respeito simultaneamente ao indivíduo, à organização e à sociedade. Entende-se que a empresa é o palco, pois sustenta o cenário do assédio e constrói as condições e o ambiente em que o trabalho deve ser feito. Cada empresa define, implícita ou explicitamente por meio de sua cultura, determinadas estruturas, padrões de relações interpessoais e níveis de intimidade entre as pessoas, bem como o que é considerado importante e valorizado por ela. O assédio moral ocorre porque encontra um terreno fértil e tende a se consolidar como prática porque os seus autores não encontram maiores resistências organizacionais ou reprovações nem nas regras, nem na autoridade, nem na filosofia, nem na cultura. A impunidade potencializa todos os desvios de comportamento e a justificativa para sua reprodução acaba sendo “se ele pode, por que eu não posso também?”. O autor cita, então, situações que facilitam a emergência dos comportamentos violentos, abusivos e humilhantes. Ambientes em que vigoram uma cultura e um clima organizacional permissivo torna o relacionamento entre os indivíduos desrespeitoso e estimula a complacência e a convivência com o erro, o insulto e os abusos