Assédio moral

O assédio moral, nas relações de trabalho, é a exposição do trabalhador a situações degradantes, vexatórias e constrangedoras, constante e repetitivamente durante sua jornada de trabalho e no exercício de suas funções, com o objetivo de degradação das relações de trabalho. Caracteriza-se pela discriminação, por um sofrimento humano que não envolve perda pecuniária, mas sim por terror psicológico ou dano à imagem do trabalhador, quer dizer, atitudes que atentem contra sua dignidade ou seus direitos, ou afete sua higidez física ou mental, ou ainda comprometa a sua carreira profissional, nesta área específica. Essa situação com freqüência é acompanhada pelo isolamento do trabalhador, ou do grupo. Há críticas, insinuações, e uma sutil pressão para que os assediados sejam isolados dos demais colegas. Estes, por receio de sofrerem reprimendas, ou ainda pelo temor do desemprego, acabam cortando seus laços sociais e de coleguismo com a vítima, que passa a ficar cada vez mais isolada e fragilizada. São freqüentes as licenças de saúde, decorrentes de problemas desencadeados pelo estresse da situação. Outra espécie de dano moral vem ocorrendo devido ao contexto atual de globalização, concorrência e comparações internacionais. Os trabalhadores, de maneira geral, estão passando por um aumento de carga de trabalho, decorrente, geralmente, das fusões e reestruturações de empresas, que visam a reduzir a mão-de-obra e os custos de produção em geral. Quem continua no emprego tem que realizar tarefas que eram efetuadas por um número maior de empregados. Um desafio que repercute na saúde do trabalhador, gerando crises de estafa e stress. Neste caso não há discriminação: todos passam a trabalhar até altas horas da noite. Freqüentemente há convocações para trabalhar em fins de semana, seja por meio de reuniões, ou da pressão pela entrega de trabalhos que só se torna possível com este sacrifício. A pressão é clara para que o telefone celular fique