assuntos polêmicos e religiões
Literalmente aborto significa “destruição do feto no ventre materno”. Para esclarecer à luz do Islão, se é permitido abortar ou não? Então temos que ir às fontes da Lei Islâmica que é o Sagrado Alcorão e os dizeres do ProfetaMuhammad (Maomé).
Os juristas muçulmanos concordam unanimemente que depois do o feto estar completamente formado e receber uma alma, é ilícito abortá-lo. E é também um crime, cuja consumação é proibida ao muçulmano porque representa uma ofensa contra um ser humano completo e vivo.
No entanto existe uma situação de excepção. Se, dizem os juristas, após a criança estar inteiramente formada, ficar constatado sem margem de dúvida que a continuação da gravidez resultará inevitavelmente na morte da mãe, então, e de acordo com o princípio geral de Shariah, o de escolher o menor entre os dois males, o aborto pode ser realizado.
“Pois a mãe é origem do feto”; além do mais, ela está consolidada na vida, com deveres e responsabilidades, e constitui um pilar da família. Não seria possível sacrificar a vida dela pela vida de um feto que ainda não adquiriu personalidade e que não tem responsabilidades nem obrigações a cumprir.”
Imam Al Ghazali estabelece uma distinção bem clara entre evitar a concepção e o aborto, dizendo:
“ Evitar a concepção não é o mesmo que abortar. O aborto é um crime contra o ser vivo. Ora, a existência tem etapas. As primeiras etapas da existência são a incubação do sémen no útero e sua composição com o óvulo da mulher. Só então estará preparado para receber o sopro da vida. Perturbá-lo é um crime. À medida que ele se desenvolve e se transforma numa massa informe, abortá-lo é um crime mais grave. E depois que adquire uma alma e a sua criação está completa, o crime torna-se dos mais agravantes. “Destruir um feto depois de ter vida, o crime passa a ser dos mais severos.”
Vem no “hadisse” que a alma é colocada no ventre aos 120 dias depois da fecundação.
Sendo permitido o planeamento familiar no Islão, não se justifica