Assistencia pós-cardiaco
Em âmbito mundial, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis pelas principais causas de morte e incapacidade. Entre essas, as de maior importância para a saúde pública são as cardiovasculares, o câncer e o diabetes mellitus. Nas cardiovasculares sobressaem a doença isquêmica cardíaca, a cérebro-vascular e a hipertensão arterial sistêmica (HAS).
A contribuição das doenças cardiovasculares quanto à mortalidade é significante, pois um terço do total de óbitos no mundo (16,6 milhões de pessoas) originam-se das doenças cardiovasculares em suas várias formas. Desses 16,6 milhões, 7,2 milhões são decorrentes da doença isquêmica cardíaca.
Diante da complexidade da doença, percebe-se a urgência de interromper-lhe o curso. Há alguns anos, o tratamento dos problemas cardiovasculares vem obtendo avanços terapêuticos, clínicos e cirúrgicos. Quando a probabilidade de uma vida melhor após este evento supera o tratamento clínico, realiza-se o tratamento cirúrgico.
Há três tipos de cirurgias cardíacas: as corretoras, relacionadas aos defeitos do canal arterial, incluído o do septo atrial e ventricular; as reconstrutoras, destinadas à revascularização do miocárdio, plastia de valva aórtica, mitral ou tricúspide; e as substitutivas, que correspondem às trocas valvares e aos transplantes. Os tipos mais comuns de cirurgias cardíacas são as reconstrutoras, particularmente a revascularização do miocárdio. Por isto, nesse estudo, optou-se em trabalhar com pacientes no pós-operatório desse tipo de cirurgia.
Conhecida popularmente como ponte de safena, a revascularização do miocárdio (RM) consiste em um enxerto arterial coronário usando a veia safena autógena com o objetivo de isolar o vaso obstruído e, assim, restabelecer a perfusão da artéria coronária. Esse tipo de cirurgia, cuja maior vantagem é a durabilidade, tem a finalidade de preservar o miocárdio.
Suas indicações predominantes são para pacientes sintomáticos e que tenham intolerância ao tratamento