Assedio sexual
Campanha de Prevenção e Combate ao Assédio Sexual
Confederação Nacional dos Bancários
Para começo de conversa
A
s mulheres, desde o momento em que ingressaram em massa no mercado de trabalho, têm convivido com alguns problemas que impedem uma real igualdade entre elas e os seus colegas homens. Existem problemas visíveis como as desigualdades nos planos de carreira, na remuneração e nas oportunidades. Mas há também outros problemas mais “escondidos”, quase não falados. Entre eles, está o Assédio Sexual no Trabalho. Se dermos uma olhadinha no dicionário, a própria origem da palavra nos oferece uma dica reveladora, assédio vem do latim “obsidere”, que significa ‘pôr-se diante’; ‘sitiar’; ‘atacar’.
Assédio Sexual no Trabalho
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Definindo assédio sexual no trabalho
O
assédio sexual no trabalho é sempre um ato de poder, sendo o assediador um superior hierárquico da pessoa assediada. Vamos definir assédio sexual de uma maneira bem clara: trata-se de uma insinuação ou proposta sexual repetida e não desejada por uma das partes. Essa insinuação ou proposta pode ser verbal, subentendida, gestual ou física. Daí é fácil concluir que o assédio sexual é também uma chantagem: “se você não fizer o que eu quero, eu posso prejudicar ou perseguir você.”
O que diz a Organização Internacional do Trabalho
OIT, órgão da Nações Unidas, caracteriza assédio sexual no trabalho quando ele apresenta pelos menos uma das seguintes particularidades que atingem a pessoa assediada:
A
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Assédio Sexual no Trabalho
• ser claramente uma condição para dar ou manter o emprego • influir nas promoções e/ou na carreira • prejudicar o rendimento profissional • humilhar, insultar ou intimidar
Assédio não é cantada e nem paquera
M
uita gente pensa que lutar contra o assédio sexual acabaria proibindo a cantada e a paquera no local de trabalho. Ora, não é nada disso. A cantada e a paquera sempre existiram e elas têm todo o direito