O assédio moral no ambiente de trabalho tem se propagado, principalmente, dentro do novo modelo de organização do trabalho, dentro de contextos submetidos ao estresse (HIRIGOYEN, 2009, p. 188). O segmento bancário, por suas características específicas, é bastante propício ao estresse, em especial depois de seguidas reestruturações e cortes de pessoal que ocorreram a partir dos anos 90. Este estudo pretendeu identificar e analisar as concepções de assédio moral existentes na Agência Stigma do Banco Alfa, identificando o que os funcionários e gerentes da agência Stigma entendem por assédio moral, como estas percepções refletem nas relações de trabalho, analisar se as normas existentes funcionam para combater a prática de assédio moral e se estas normas são consideradas suficientes pelos funcionários. Para tanto, optou-se por uma pesquisa com abordagem qualitativa, na qual os dados foram coletados aplicando-se questionário com questões fechadas e entrevista semi- estruturada, obtendo-se desta forma dados numéricos e informações em profundidade sobre o tema. A análise se deu por descrição e analise de conteúdo. Procurou-se relacionar o que Hirigoyen (2009) descreve como assédio moral no trabalho, ao que os funcionários da agência pesquisada entendem sobre o tema. Nos resultados obtidos, constatou-se que as percepções dos funcionários são diferentes nos dois segmentos pesquisados. O segmento gerencial é mais tolerante com comportamentos abusivos, enquanto que o segmento não gerencial tem melhor percepção sobre como ocorre o assédio. Os reflexos do assédio nas relações de trabalho são percebidos na forma de insegurança, medo, desânimo e baixa produtividade. Foi constatado também que os funcionários não consideram as normas existentes suficientes, nem eficientes para o combate ao assédio, principalmente em razão da pouca divulgação destas normas e da pouca informação existente, além de se sentirem inseguros quanto à utilização das normas como ferramenta de combate ao