Asbesto
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O amianto é um produto barato, durável, altamente resistente – o fogo não o destrói –, capaz de se transformar em fios e tecidos. Daí, durante muito tempo, ter sido considerado um mineral “mágico”. O Brasil é um dos grandes produtores mundiais de asbesto, também conhecido como amianto. Por ser uma substância indiscutivelmente cancerígena, observa-se, atualmente, uma grande polêmica em torno da sua utilização. Há uma corrente que defende o uso do asbesto em condições ambientais rigidamente controladas, e outra que defende a substituição do produto nos diversos processos produtivos.
O asbesto possui ampla utilização industrial, principalmente na fabricação de produtos de cimento-amianto, materiais de fricção como pastilhas de freio, materiais de vedação, telhas, painéis acústicos, forros, divisórias de ambiente, caixas d’água, tubulações, revestimento do disco de embreagem, lona de fricção, piso e produtos têxteis, como mantas e tecidos resistentes ao fogo. Assim, os trabalhadores expostos ocupacionalmente a esses produtos são aqueles vinculados à indústria extrativa ou à indústria de transformação. Também estão expostos trabalhadores da construção civil, trabalhadores que se ocupam da colocação e reforma de telhados, do isolamento térmico de caldeiras, de tubulações e da manutenção de fornos (tijolos refratários).
Patologias causadas por asbesto
Os problemas com o asbesto surgem quando as fibras se dispersam no ar e são inaladas. Devido ao tamanho das fibras, os pulmões não conseguem expeli-las. A asbestose é a pneumoconiose associada ao asbesto ou amianto, sendo uma doença eminentemente ocupacional. A doença, de caráter progressivo e irreversível, tem um período de latência superior a 10 anos, podendo se manifestar alguns anos depois de cessada à exposição. Clinicamente, caracteriza-se por dispnéia de esforço, estertores crepitantes nas bases pulmonares, baqueteamento digital, alterações funcionais