Engenharia
Civilizações antigas
A curiosidade humana sobre os fatos ao seu redor, para além da necessidade biológica de autopreservação, busca de alimento e reprodução, remonta a tempos anteriores ao registro histórico. Possivelmente, está associada ao surgimento da linguagem simbólica e à necessidade psicológica de comunicar e conviver. Se procurarmos as mais antigas ligações dos registros históricos com aquilo que temos hoje como o campo de atuação da Física, encontraremos as observações sobre os eventos astronômicos – em todas as civilizações anteriores aos gregos, do Egito à China, os agrupamentos humanos das mais variadas formas de organização social, reconheciam os padrões de repetição dos eventos celestiais – desde a alternância entre o dia e a noite até os alinhamentos entre determinadas estrelas, conforme observadas a olho nu. Tem-se que uma das principais motivações da atenção despertada por estes eventos era a necessidade de tirar o melhor proveito possível dos recursos agrícolas: a energia do sol, o ciclo das água, os ventos, as estações e o que mais facilitasse a produção de alimentos. Há, até mesmo, registros históricos de previsão de eclipses – não que eles compreendessem o fenômeno em si, mas sabiam quando voltariam a acontecer. Em paralelo com registro e estudo detalhado das efemérides astronômicas, a linguagem simbólica começava a dar os primeiros passos em direção à Matemática. Os Egípcios eram bons em aritmética, que era necessária para estágio avançado de técnicas administrativas de um grande império, como por exemplo, na demarcação de terras agrícolas e propriedades particulares e no controle financeiro. Os babilônios, por sua vez, já avançavam em álgebra, tendo desenvolvido técnicas para solucionar equações quadráticas, cúbicas e biquadradas, e criaram uma notação fracionária sexagesimal (de onde se originam nossas