as virtudes segundo aristoteles
DIREITO 1A Noite
AS VIRTUDES SEGUNDO ARISTÓTELES
01. A coragem
É o sentimento de medo e de confiança.
As coisas que tememos são terríveis e as qualificamos como males. Nós tememos todos os males, e temer certas coisas é até justo e nobre – é vil não temê-las. A pobreza ou a doença não devemos temer, nem aquelas coisas que procedem do vício ou aquelas que não dependem de nós; é covarde aquele que não suporta os insultos ou a inveja como deve. A bravura relaciona-se com as coisas mais nobres como a morte na guerra, e bravo é aquele que se mostra destemido em face a uma morte honrosa.
Os bravos, embora temam aquelas coisas que estão acima das forças humanas, caracterizam-se por enfrentá-las como se deve. Mas aquele que diz não ter medo, que é insensível ao que realmente é terrível, é o homem temerário; ele é um simulador de coragem, porque deseja parecer corajoso. Em contrapartida, aquele que excede no medo é covarde, porque ele teme o que não deve temer, falta-lhe confiança e é dado ao desespero por temer certas coisas.
A covardia e a temeridade são a carência e o excesso e a posição correta é a bravura.
Coragem vem do latim cor que significa coração. Assim é, porque os romanos consideravam que a coragem tem mais a ver com o coração do que com a razão. É uma força, uma força da alma, uma das quatro virtudes cardinais. É um poder de ação física e moral. Uma causa agente que produz um efeito. É uma energia física e moral. A coragem é o mesmo que a bravura e a firmeza. O seu contrário é a covardia, a poltronaria, a fraqueza e a pusilanimidade. A coragem é a justa medida acerca dos sentimentos de medo e de confiança. O medo é a expectativa de algo de mau que está para acontecer ou que pode acontecer. Embora todas as pessoas tenham receio das coisas más, como por exemplo, da doença, da má reputação ou da pobreza, a coragem não está relacionada com esse tipo de coisas. Recear a má reputação ou a doença é uma atitude correta,