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Estatua de mafaldaBUENOS AIRES - Na esquina das calles Chile e Defensa não tem para Evita Perón, Cristina Kirchner ou qualquer outra argentina da História. Naquele pedaço de Buenos Aires, quem manda é uma garotinha contestadora, que completa 50 anos em 2014. Na esquina mais famosa de San Telmo vive Mafalda, personagem que surgiu para o grande público em 29 de setembro de 1964, na revista de humor “Primera Plana”, e nunca mais deixou o imaginário popular.A estátua, em tamanho natural, fica em frente ao número 371 da Calle Chile, endereço do “pai” da personagem, o cartunista Quino, durante os anos 1960, justamente o período em que Mafalda despontou como símbolo de um tempo de mudanças em todo o mundo. Sentada em um banco, Mafalda posa para fotos de centenas de turistas todos os dias, o dia todo, e já se consolidou como uma das paradas obrigatórias para quem visita Buenos Aires.Um exercício de criatividade interessante é imaginar o que ela diria sobre virar ponto turístico ou tema de suvenires, como bonecos, camisetas, chaveiros, agendas e todo tipo de produto com seu rosto vendidos como água na loja em frente à escultura. Sempre intrigada com os avanços de uma China comunista em plena Guerra Fria, ela estranharia o restaurante chinês Rising Sun a poucos metros de sua esquina, na Defensa.Também poderia achar graça na quantidade de lojas de antiguidades que se enfileiram pela via. “Sou mais Beatles”, poderia pensar ao se deparar com discos antigos de Carlos Gardel dos sebos do Mercado de San Telmo, um antigo centro de abastecimento de alimentos que tem entradas pelas calles Defensa, Carlos Calvo, Bolívar e Estados Unidos. Ou nos vendedores ambulantes que tomam todos os dias a Plaza Dorrego, na esquina da Defensa com a Humberto Primo. Cercada por bares, cafés e hotéis, a praça é o coração do bairro e epicentro da famosa feira de antiguidades que toma conta de parte das ruas da região aos domingos. Com direito a discos de Gardel, fotos dos Beatles e livros de Mafalda,