A virtude segundo aristóteles
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Na sua obra A Política Aristóteles entende que a natureza do homem bom é composta de duas partes distintas, um corpo e uma alma, e na alma esta a razão e o desejo, sendo que o intelecto (nôus) é a parte superior da alma. Dessa forma, o intelecto é quem deve mandar; enquanto a outra parte (o corpo) privada de razão deve obedecer. Aristóteles conceitua as virtudes dividindo-as em duas: as intelectuais e as virtudes morais, sendo que a primeira a (virtude dianoética) que nasce e progride graças aos resultados da aprendizagem, isto é da educação. Portanto, leva tempo e demanda experiência; enquanto que a segunda é a virtude moral (ética) ela não é gerada em nós por natureza, somos adaptados a recebê-la, e é em resultado do hábito (ethos) que imprime em nós essa virtude que nos tornamos capazes de praticar atos justos, para o filósofo nosso caráter é formado a partir da repetição dos atos progressivos por meio do hábito, pois somos capazes de praticar bem aqueles atos que já fizemos antes, e eles podem ser aperfeiçoados tanto para melhor ou para pior, assim como acontece com as artes. Portanto, devido o hábito que adquirimos as virtudes morais e nos tornamos virtuosos pelo exercício, assim como aqueles que tornam se arquitetos construindo, daí que os homens tornam-se justos praticando atos justos. Na Política Aristóteles afirma que a música deve fazer parte da infância da criança para contribuir na formação do caráter. Para ele, a música é o primeiro prazer natural. É a disposição de caráter (a virtude) que o torna bom e faz desempenhar bem a sua “função” que é a atividade conforme o intelecto. É na atividade que está à virtude, caso contrário até quem passasse a vida inteira dormindo poderia ser considerado virtuoso. Portanto, são as disposições viciosas ou virtuosas que constitui um caráter. Somos todos responsáveis por nossos atos, assim como também pelos vícios. Somente aqueles indivíduos que têm suas atividades conforme a virtude se tornará virtuosos e, assim,