RCC - Renovação Carismatica Católica

Renovação Carismática Católica – Brasil

Grupo de Reflexão Teológico Pastoral
Texto 02
Tácito Coutinho (Tatá)
GRTP
O Espírito Santo, lugar de convergência espiritual 1
1. Algumas considerações iniciais:
Um dos movimentos que precederam o Concílio Vaticano II foi o movimento ecumênico, que observando o ecumenismo no contexto da História da Salvação, como passagem para a era do Espírito, encontrou em O. Culllman um grande defensor. O Concílio foi sensível às expectativas criadas reconhecendo no “despertar ecumênico um sinal marcante da presença ativa do Espírito na Igreja” 2. De todos os lados as convergências foram se precisando e o Papa Paulo VI, já em 1972, traçava o caminho que deveria ser seguido para que essa aproximação tivesse êxito:
“Não há diálogo possível sem uma compreensão profunda de nosso interlocutor, ou, como se prefere dizer, do outro. Este nobre programa exige um sentido generoso do homem, um verdadeiro ascetismo! É preciso ultrapassar os limites que impõe toda a linguagem, os reflexos culturais, mesmo as polêmicas e a desconfiança, para abrir-se à superação de si e à universalidade”. 3
Apesar dos esforços, avanços e conquistas neste caminho, uma inquietação surgiu no meio ecumênico com a publicação da Declaração “Dominus Iesus”, “sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja”, da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé em 6 de agosto 2000. O futuro esclarecerá o mal-estar sentido no movimento ecumênico, cujas diversas manifestações são prova, mas não há como deixar de ver a referida declaração como uma “ducha fria” no diálogo com os cristãos não romanos. Clima semelhante já acontecera com o Documento Mysterium Ecclesiae, de junho de 1973.
O ecumenismo tem avançado por entre nuvens de tormenta, mas o impulso para a unidade visível dos cristãos parece ser irreversível. O primeiro milênio foi marcado pela presença no mundo de uma Igreja indivisa. O segundo milênio, a partir de 1054, assistiu a Igreja ser