As representações sociais
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A teoria das representações sociais, inaugurada pelo francês Serge Moscovici em 1961, com a publicação da obra La psychanalyse, son image et son public, cuja tradução em português é A psicanálise, sua imagem e seu público, tem assumido grande destaque na compreensão dos mais variados objetos e consequente produção de conhecimento. É um campo de estudo que surge de uma crítica que tenta romper com a forma de pensamento tradicional e hegemônico fortemente presente na América do Norte e Grã-Bretanha, que concebia o sujeito separado do seu contexto social. Essa postura crítica assumida por Moscovici constitui o ponto de partida para construção da nova teoria, que afirma não existir separação entre o universo interno do indivíduo e o universo externo a este. A teoria propõe uma articulação entre o psicológico e o social, considera inseparáveis sujeito, objeto e sociedade. Moscovici (1995), em prefácio da obra organizada por Guareschi e Jovchelovitch, Textos em Representações Sociais, diz sentir repulso diante do dualismo estabelecido entre o mundo individual e o mundo social. Sua intenção é desenvolver uma psicossociologia do conhecimento que considere tanto os comportamentos individuais, quanto os fatos sociais. Não importa apenas a influência, unidirecional, dos contextos sociais sobre os comportamentos individuais, mas a participação destes na construção das próprias realidades sociais (SÁ, 1995).
FONTE: ARRUDA, Ângela. Representações Sociais e Movimentos Sociais: Grupos Ecologistas e Ecofeministas do Rio de Janeiro. In: MOREIRA, A. S. P.; OLIVEIRA, D. C. (orgs). Estudos Interdisciplinares de Representação Social. Goiânia: AB, 1998, p. 71-86.
O estudo das representações sociais investiga como se formam e como funcionam os sistemas de referência que utilizamos para classificar pessoas e grupos e para interpretar os acontecimentos da realidade cotidiana. Por suas relações com a linguagem, com a ideologia, com o imaginário social e, principalmente, por seu papel