as relações entre individuo e sociedade
Fatores ligados aos grandes acontecimentos econômicos mundiais, profundos movimentos políticos internos, condições peculiares da região, a política industrial seguida pelos governos - têm importância determinante em relação as avanços industriais. Na América Latina, cujos países durante longo tempo se mantiveram na posição de fornecedores de matérias-primas para clientes industriais, tornou-se evidente que a substituição das importações constituía uma exigência imperiosa para a industrialização e o desenvolvimento econômico. A partir da década de 1930 se fez sentir particularmente nesses países o enfraquecimento do setor externo. No Brasil, contudo, os sinais de debilitamento desse setor ocorreram bastante antes, após o auge da borracha amazônica, que precedeu a primeira guerra mundial. Mas o país, essencialmente agrícola, como era qualificado, simplesmente intensificou as exportações de café, reforçou o comércio de algodão e do cacau, sem vislumbrar ainda os rumos de uma política de substituição das importações.
Brasil
A Revolução de 1930 e a Indústria
Desde os primórdios da República registra-se o debate – na imprensa, no mundo acadêmico, nas associações de classe e nos órgãos legislativos – entre os mais radicais defensores da “vocação agrária” do país, cujas teses respaldavam-se no liberalismo clássico, e os defensores da industrialização, os quais recorriam a fortes apelos nacionalistas, como a “independência” do país, tendência que se robusteceu após a I Guerra Mundial. A Aliança Liberal, todavia, evitou os extremos e recorreu à concepção então usual responsável por diferenciar indústrias naturais e artificiais. As primeiras eram entendidas como uma extensão das atividades primárias, pois beneficiavam as matérias-primas locais e, ao contrário das artificiais, não necessitavam de protecionismo: as barreiras representadas pelos custos de transporte