as relações do individuo e a sociedade para durkheim
Durkheim entendia que a sociedade era superior aos indivíduos, portanto, seguindo esta concepção, a sociedade existe independentemente do individuo, este que é simples receptor das regras sociais.
Este sociólogo fundamenta o método de estudo da Sociologia, os fatos sociais, que são maneiras padronizadas de relacionamento entre os indivíduos. Para este autor há três características dos fatos sociais. A primeira refere-se a uma manifestação que é geral, ou seja, existe na maioria das sociedades; a segunda característica dos fatos sociais fundamenta-se na ideia de coerção, isto é, a força que estes fatos agem sobre o individuo, levando-os a se conformarem e a aceitarem as regras socialmente construídas; a terceira característica é a exterioridade dos fatos sociais, ou seja, tem existência própria independente dos indivíduos.
Durkheim fundamenta sua teoria a partir do método Funcionalista. Este sociólogo compara a sociedade com um organismo vivo. Os órgãos trabalham em função da harmonia de todo o organismo.
Quando um fato põe em risco a evolução, a harmonia, a coesão social estamos diante de um acontecimento mórbido, portanto, de uma sociedade doente. Durkheim diferencia os fatos sociais em normais e patológicos. Os fatos normais são aqueles que não extrapolam os limites dos acontecimentos mais gerais de uma sociedade. Enquanto os fatos patológicos são aqueles acontecimentos que transgridem as regularidades, mas, como uma doença, são transitórios.
Este sociólogo conceitua dois tipos de solidariedade: mecânica e orgânica. A solidariedade mecânica existe em sociedades primitivas em que a consciência coletiva é bastante enfática nos habitantes bem como a sociedade é coesa, isto é, os habitantes têm em comum as crenças, hábitos e valores. A solidariedade orgânica pode ser encontrada nas sociedades modernas complexas em que é acentuada a divisão do trabalho social e em que a sociedade é fragmentada. Para ele,