As questões éticas
A preocupação com a formação do psicólogo atinge várias instâncias, entre as quais os Conselhos Regionais e Federais de Psicologia, em cujos arquivos constam artigos sobre a formação desse profissional, que estabelecem padrões dedicados a enfatizar a formação para a área da saúde. As Diretrizes Curriculares Nacionais, definindo a identidade e garantindo a homogeneidade do curso, contemplam uma formação ampla, respeitando a multiplicidade das concepções teóricas e metodológicas, assim como a diversidade de suas práticas e contextos vários de atuação (Brasil, 2001).
A regulamentação da Psicologia como profissão foi um marco para a formação, para cujo desenvolvimento a fixação das diretrizes curriculares nacionais também colaborou. Todavia, a formação ainda se encontra voltada para áreas tradicionais da Psicologia e necessita ser revista, uma vez que a inserção do profissional em áreas diferenciadas, juntamente com as mudanças associadas ao desenvolvimento do país, requerem, entre outras coisas, a formação para uma atuação compatível com os anseios sociais e as necessidades de sua abrangência.
A Educação Permanente em Saúde tem sido proposta do Ministério da Saúde, para a consolidação da reforma sanitária, que pressupõe várias faces: a ordenação na formação de Recursos Humanos, a formulação e execução de políticas orientadoras na formação de trabalhadores para o setor, vista como um conceito pedagógico que favorece a reflexão crítica sobre o trabalho e a resolutividade da clínica e da promoção da saúde coletiva. Por meio desses e de outros argumentos, foi instituída a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, em 13 de fevereiro de 2004, segundo a Portaria nº 198/GM/MS (2004). Esta estratégia também é recomendada