Carl Ransom Rogers
Carl Ransom Rogers, psicólogo norte-americano, foi o primeiro a gravar sessões psicoterapêuticas, com as devidas permissões, tornando possível o estudo objetivo de um processo eminente subjetivo.
Sua dedicação à construção de um método científico na psicologia foi reconhecido por prêmio da Associação Americana de Psicologia, da qual também foi eleito presidente, em 1958. Seus métodos científicos estão descritos em livros traduzidos no Brasil como "A Pessoa como Centro" e "Um jeito de ser". "Subvertendo" a relação de poder terapeuta-cliente (decorrente do pressuposto, até então, de que psicólogos e psiquiatras é que detinham o conhecimento da subjetividade de seus pacientes) seu trabalho subverteu também outras áreas, o que só se tornou visível para o próprio Rogers após décadas de atividades, como relatou em uma de suas últimas e melhores obras, "Sobre o Poder Pessoal" – livro em que traça, por exemplo, um paralelo entre suas descobertas e as de Paulo Freire e de sua "pedagogia do oprimido".
Fruto de suas pesquisas, sistematizou o método da "Terapia centrada no cliente" que depois evoluiu para a "Abordagem centrada na pessoa"(ACP), mas ele próprio afirma que seu objetivo nunca foi criar um sistema próprio de psicoterapia e sim estudar os critérios necessários para a evolução da psicoterapia científica como um todo. É considerado um precursor da psicologia humanista e criador da linha teórica conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa.
Ao contrário de outros estudiosos cuja atenção se concentrava na idéia de que todo ser humano possuía uma neurose básica, Rogers concluiu com suas pesquisas que essa visão não era exata, passando a defender que, na verdade, o núcleo básico da personalidade humana era tendente à saúde, ao bem-estar.
Tal conclusão sobreveio a um processo meticuloso de investigação científica levado a cabo por ele, ao longo de sua atuação profissional.
Rogers ficou famoso por desenvolver um método psicoterapêutico centrado no próprio