As principais mudanças entre o séc. XI e XIII
No século XI, precisamente no ano de 1066, as Ilhas Britânicas foram alvo de uma invasão liderada por Guilherme da Normandia. Acompanhado por cerca de 6 mil soldados, Guilherme conquistou Inglaterra, tratando-se então de uma conquista aristocrática, e não de uma migração nacional como foram as invasões saxónica e dinamarquesa. Após esta conquista ocorreram diversas mudanças importantes a nível político, social e das artes.
Comecemos então por falar sobre as alterações políticas que ocorreram, das quais se destacam as mudanças na formação interna da casa real e a organização de assembleias parlamentares, embora rudimentares, mas que seriam a base para o futuro da democracia.
Um dos organismos internos mais importantes da casa real, ainda no século XII era o Exchequer, um organismo que reunia o rei com todos os seus ministros e cujas decisões ficavam registadas por escrito. Os restantes elementos da casa real eram a câmara, área que administrava os cuidados do rei e a proteção do tesouro, funções exercidas pelo Master Chmaberlain e o tesoureiro, o hall secção que deliberava a distribuição de comidas e bebidas e onde se situava a chancelaria, e a capela, liderada pelo Chancellor sendo a sua função administrar as tarefas do reino. No entanto o Exchequer e o tesouro no século XIII eram já departamentos que não pertenciam à casa real e a Chancelaria deixou de ter lugar no hall. É certo que o rei nessa época ainda tinha o poder absoluto mas já consultava os barões antes de tomar medidas. Depois de um reinado sólido de Henrique II segue-se um reinado desleixado por parte de Ricardo I. Mas é no século XII sob o reinado de João Sem Terra que ocorre a revolta dos barões por comportamentos régios abusivos, combinado também com a conquista da Normandia por Filipe II de França e o interdito do Papa Inocêncio III sobre Inglaterra. Em 1215 os barões invadiram Londres obrigando o rei a autenticar um documento que regulava o