As Populações Humanas O Princípio De Malthus
No fim do século XVIII, um sociólogo inglês, reverendo Thomas Robert Malthus, escreveu um livro muito interessante, que despertou enorme polêmica. Como era de costume naquela época, tinha um título colossal: Um ensaio obre o princípio da população; como ele afeta o êxito futuro da sociedade. Com observações sobre as especulações do Sr. Godwin, Sr. Condorcet e outros escritores. Nesse livro, Malthus alerta os governos para um fenômeno curioso que ele havia observado: as populações humanas tendem crescer em proporções geométricas, enquanto a produção de alimentos cresce apenas em proporções aritmética. Isso significa que, se as populações humanas crescerem livremente, elas acabarão morrendo de fome. Isso só não acontece, segundo ele, porque existem alguns fatores que concorrem para que a mortalidade humana seja muita alta: doenças infantis, epidemia, guerras etc.
Malthus, compulsando dados demográficos de época, de todas as partes do mundo, pôde verificar – principalmente nos países mais novos, na América – a tendência geral de as populações duplicarem a cada 25 anos, aproximadamente. Ele afirma que, mesmo com a evolução dos métodos de cultivo e a derrubada de matas para a formação de novas áreas para plantio, era impossível admitir um aumento da produção de trigo e outros alimentos nessa mesma proporção indefinidamente.
De acordo com o princípio de Malthus existem, entretanto, dois tipos de bloqueio ao crescimento indefinido das populações: os positivos (que na verdade poderiam ser chamados “efetivos”, ou de “efeito imediato”) e os preventivos. Os bloqueios positivos são aqueles de que já falamos, isto é, todas as causas que tendem, de algum modo, a encurtar a duração da vida humana, tais como ocupações insalubres e perigosas, pobreza e subalimentação, vestuário insuficientes, ausência de cuidados com as crianças, todos os tipos de excesso, vida em grandes cidades , doenças e epidemias, guerras, pragas e fome.
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